(Imagem: Pixabay)

Fiz uma live no Instagram, no dia 10 de junho de 2024, que abordava o tema: Como conectar o Inverno Interior com o Inverno Exterior através dos Contos de Ouro.

Nela, abordei em profundidade a estação do ano que se aproxima: o Inverno. Essa estação que muitas vezes é deixada de lado, como se tivesse menos importância.

Situei o Inverno dentro do ciclo anual, essa Roda do Ano que gira ininterruptamente, revelando-se para todos os seres da natureza através das 4 estações.

E, para trazer um exemplo da importância de cada estação, com a ajuda de imagens, símbolos e metáforas, compartilhei uma história que traduzi.

Deixo aqui a história que contei na live e te convido para assisti-la na íntegra, pelo link:

https://www.instagram.com/p/C8Dgr2JPQ9F/

Espero que a história ressoe em seu coração e você possa contá-la, espalhando-a ao longo das 4 estações!

O rei e as quatro estações

(Tradução do inglês e adaptação: Ana Flávia Basso)

Um rei tinha quatro filhos. Certa vez, quis ensinar-lhes uma lição importante e decidiu pedir-lhes que visitassem uma cerejeira que vivia na floresta densa de seu reino.

Durante o ápice do inverno, ele pediu ao filho mais velho que fosse ver a árvore e escrevesse algo, descrevendo-a com detalhes. O príncipe voltou e disse que a árvore era estéril, velha e sem esperança. Nem mesmo os pássaros chegavam perto dela. Parecia inútil e talvez fosse melhor cortá-la e usar sua madeira, antes que apodrecesse.

No meio da primavera, o rei pediu ao seu segundo filho que visitasse a árvore e redigisse uma descrição dela. O príncipe voltou e disse que a árvore não era estéril, mas sim cheia de lindas flores de cerejeira e parecia jovem e promissora. A árvore estava rodeada de borboletas e abelhas que apreciavam as pequenas flores.

Então, no pico do verão, o rei enviou seu terceiro filho para ver a árvore e instruiu-o para que voltasse com uma descrição dela. Quando o príncipe retornou, ele disse que não havia flores, mas sim, que a árvore estava carregada de cerejas deliciosas e parecia madura e valiosa. Muitos pássaros viviam na árvore e aproveitavam seus frutos.

Finalmente, no outono, o rei pediu ao filho mais novo que visitasse a árvore e trouxesse uma descrição da mesma. O príncipe voltou e disse que a árvore agora não tinha frutos, nem flores, como seus irmãos descreveram. Mas ficava belíssima com suas folhas coloridas, com lindos tons de dourado, vermelho e laranja. Parecia a inspiração ideal para uma pintura!

Então, o rei sábio perguntou aos seus filhos: “O que vocês aprenderam com esta experiência?

Os três primeiros príncipes ainda estavam pensando, quando o filho mais novo compartilhou seu entendimento:

“Assim como a árvore, vivenciamos diferentes estações da vida e somos muito afetados por elas. Não devemos julgar nossa vida com base apenas na estação atual. Cada temporada tem um propósito. Não importa qual seja a temporada atual, ela mudará novamente”.

Bom transição do outono para o inverno!

Abraços fraternos,

Ana Flávia Basso

4 thoughts on “História: O rei e as 4 estações

  1. Ana Flávia, você compartilha conosco, contos belíssimos, sou muito grata

    1. Oh, querida Dora, que bom que você gostou também desse conto! Bjo

  2. Bom dia

    Gostaria de fazer uma pergunta à cerca deste conto. Este conto é muito bonito e nos leva realmente a pensar sobre as diferentes fases da vida e as diferentes preceptivas, mas no fim tem uma moralidade escrita que penso que não deve ser lida às crianças, estou certa? Sempre aprendi que não se deve fazer conclusões morais das histórias para as crianças porque cada uma delas vai sentir a história de forma diferente, exactamente dependendo da fase da vida em que estão. Estará minha preceptiva certa?

    Obrigada

    1. Olá, Sara!

      Você está absolutamente certa! Quando vamos contar, não devemos expor um direcionamento “moral”, especialmente para as crianças. Isso acontece, por exemplo, com as fábulas, que já trazem no texto da história a “moral”, ao final. Mas um contador de histórias bem informado, conta a fábula à criança e não conta a “moral da história” do final.
      Agora, por que eu deixei esse texto na íntegra? Porque tentei ser uma tradutora responsável e mantive o texto assim como o conheci. Compartilhei o texto como o encontrei, com a estrutura e imagens preservadas, apenas passando-o do inglês para o português. Quem ler o texto, poderá conhecê-lo e adaptá-lo para o seu público ouvinte, sejam crianças mais velhas, jovens, adultos. Eu só não contaria para crianças pequenas. Essa linguagem não é apropriada ao mundo imaginativo delas. Será que esclareci? Abraços

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