Semana Especial – Histórias de Anões, Duendes e Gnomos, de 20 a 25/08/2018.
Aqui está a 1ª história dessa semana mais do que especial!
A narrativa de hoje eu selecionei pelo seu significado e porque a contei muito para a minha filha. Sei como ela atua no coração das crianças. Faz um mês, mais ou menos e a minha filha de 17 anos me perguntou: “mãe, como era mesmo aquela história dos anões que ajudavam um sapateiro?” A história ainda ecoa em seu coração…
Foi a deixa para nos sentarmos, pegarmos o livro e redescobrirmos juntas os detalhes da história! É uma narrativa especial. Parece simples, mas é muito profunda.
“Os duendes” (Irmãos Grimm)
Um sapateiro tinha ficado muito pobre, sem que lhe coubesse a culpa. E, por fim, só lhe restava um pedaço de couro, para um único par de sapatos. Cortou-o à noite, a fim de aprontá-lo na manhã seguinte e, como tinha a consciência tranquila, deitou-se calmamente, fez as suas orações e adormeceu. No outro dia, depois da prece matinal, quando ia sentar-se para iniciar o trabalho, viu os sapatos, prontinhos, em cima da mesa. Ficou assombrado, sem encontrar explicação para aquilo. Tomou-os nas mãos e examinou-os cuidadosamente. Haviam sido feitos com tal capricho, sem nenhum ponto errado, que pareciam uma verdadeira obra de arte.
Logo depois entrou um freguês e, como os sapatos lhe agradassem muito, pagou mais por eles. Com esse dinheiro, o sapateiro pode comprar couro para dois pares. Cortou-os à noite, disposto a trabalhar neles no dia seguinte. Mas não foi preciso: ao levantar-se, lá estavam eles, prontinhos da silva. E também não faltaram os compradores, que lhe deram dinheiro suficiente para que adquirisse couro para quatro pares. Também a esses ele encontrou terminados no outro dia. E assim continuou acontecendo. O calçado que cortava à noite, encontrava concluído na manhã seguinte. Começou a ter boa renda e, por fim, tornou-se um homem rico.
Certa noite, pouco antes do Natal, o sapateiro, que já havia cortado o couro para o próximo dia, antes de deitar-se, disse à mulher:
– Que tal se esta noite ficássemos acordados para ver quem nos presta tão grande auxílio?
A mulher concordou e foi acender uma vela. Depois o casal escondeu-se num canto da sala, atrás de umas roupas ali penduradas.
Ao soar a meia-noite, apareceram dois ágeis e graciosos homenzinhos, muito pequeninos e sem roupa alguma, que se sentaram à mesa do sapateiro. Apanharam todo o couro cortado e, com seus dedinhos, se puseram a costurar, bater e puxar o fio com tanta ligeireza que o sapateiro, assombrado, mal podia acreditar nos seus olhos. Não cessaram até que tudo estivesse pronto e depois desapareceram rapidamente.
No dia seguinte, a mulher disse:
– Os anõezinhos nos tornaram ricos e devemos mostrar-lhes a nossa gratidão. Com certeza sentem muito frio, andando assim nuzinhos, sem nada em cima do corpo. Sabes de uma coisa? Farei para cada um deles uma camisinha, um casaco, colete e calça, e um par de meias de tricô. Tu poderás fazer-lhes uns sapatos.
Ao que lhe respondeu o homem:
– Parece-me boa ideia!
E, à noite, em vez de couro cortado, puseram os presentes sobre a mesa: depois esconderam-se para ver o que fariam os homenzinhos.
À meia-noite chegaram eles, saltitando, e logo se dispuseram a começar o trabalho. Quando, porém, em vez de couro cortado, encontraram as graciosas peças de roupa, ficaram no princípio admirados, mas logo mostraram imensa alegria. Vestiram-se com incrível rapidez e, alisando as roupas no corpo, puseram-se a cantar:
“Não somos rapazes bonitos e elegantes?
Por que continuarmos sapateiros como antes?”
Depois saltaram e dançaram, brincando em cima de cadeiras e bancos. Por fim, saíram dançando porta fora. Desse dia em diante, nunca mais apareceram. Mas o sapateiro viveu bem pelo resto de sua vida e sempre teve sorte em todos os negócios que fez.
Espero que goste. Amanhã tem mais!
Um forte abraço,
Ana Flávia Basso, do Educar com Histórias
Adorei a história!!!Linda!!!!Obrigada…bjs
Olá, Eliana! Essa história é muito especial mesmo e precisa sempre ser lembrada por nós e permanecer no nosso repertório! Bom v~e-la por aqui. Abraços, Ana Flávia
Maravilhosa iniciativa. O mundo precisa de mais encantamento. Muito obrigada por cuidar do nosso coração.
Abraços carinhosos,
Cássia
Olá, Cássia! Cuido do coração de vocês para vocês espalharem as histórias aos quatro cantos, especialmente para as crianças. Chego até elas através de cada um de vocês! Abraços para você também, Ana Flávia
Bia Bedran recontou esta história em um de seus livros com belíssimas ilustrações. AMO. Obrigada por nos trazer esta emocionante história.
Olá, Enia! Essa história é um clássico dos Irmãos Grimm e precisa ser contada e recontada. Que bom que pode entrar em contato com ela novamente. Abraços, Ana Flávia
Obrigada, Ana Flávia! Muito linda essa história e com final surpreendente e divertido.
Um abraço, Lília
Olá, Lília! É mesmo uma história linda e merece ser contada e recontada! Que bom que gostou! Abraços, Ana Flávia
Que história linda! Obrigada por nos presentear!
Beijos
Olá, Rose! Esta história está no meu coração e espero que chegue ao coração de muitas pessoas! Que bom que gostou. Abraços, Ana Flávia
Obrigada! ✨✨
Olá, Jane! É sempre uma honra para mim poder compartilhar belas histórias com vocês! Bjo grande
Parabéns pela escolha Ana… A gratidão, a generosidade e o respeito… tudo juntinho com final feliz!!!
Agradecida de coração.
Olá, Júnia! Sim, tudo isso junto! E numa narrativa simples, de fácil entendimento, que toca o coração e ensina… Que bom que gostou! Bjos
Obrigada, Ana Flávia pelo carinho e a disponibilidade de partilhar conosco suas histórias. minha reverência.
Olá, Regina! É um prazer compartilhar e ver pessoas como você que se encantam com as narrativas. Quando estou no meio de uma tradução ou revisão fico pensando: “tomara que toque o coração de muitas pessoas, adultos e crianças…” Quando leio mensagens como a sua, vejo o quanto valeu a pena. Obrigada. Bjos
Adorei o conto. .. aliás suas histórias para mim são excepcional …vou levar essa
historinha para meu público pois também sou narradora…um grande abraço a vc.
Olá, Cleide! Adorei saber que você conta histórias e está levando as que eu compartilho até as crianças. Bjos
Amei o conto, simples, curto e profundo.
Faço um trabalho de arteterapia com idosas e gostaria de temos referentes a gratidão e adaptação e outros temas ligados a essa faixa etária. Você poderia me ajudar?
Olá, Ana Paula!
Meu repertório maior é para crianças. Às vezes, compartilho algo para educadores e contadores se “nutrirem”.
Os contos de fadas mais complexos e os mitos caem muito bem para adultos e idosos. Abraços