Hoje eu deixo aqui mais uma nova opção de história, que pode ser contada na Páscoa ou em qualquer época do ano.
Conheci essa história em francês e resolvi traduzir para a nossa língua.
Feliz Páscoa!
A COELHA E A ESTRELA
Na floresta, no meio da noite, ouviu-se um grande “bum”. Uma estrela havia caído…
Uma coelhinha, que tinha visto toda a cena, se aproximou e disse à estrela:
– “Mas o que aconteceu com você?”
– “Eu fazia uma corrida com o meu irmão, trombei com um planeta e caí”.
– “E está tudo bem? Você se machucou?”
– “Na verdade, não, mas eu tive muito medo”.
– “Como você se chama?” – perguntou a coelhinha.
– “Eu me chamo Lume. E você?”
– “Nadine!” – respondeu a coelhinha.
– “É preciso que eu volte para o céu agora. Minha mãe ficará preocupada”, disse Lume. “Lance-me no ar!”
Nadine pegou Lume e a lançou o mais alto possível. Bum! Ela caiu novamente.
Lume chorou mais forte ainda do que na primeira vez.
“Eu nunca mais verei minha mãe novamente. Eu ficarei sozinha para sempre e eu vou morrer!”, soluçou a estrelinha.
Nadine a consolou como pôde:
“Não, veja só, eu estou aqui. Venha, vamos ver o vovô Coelhudo! Ele, que sabe de tudo, nos dirá o que fazer”.
O vovô Coelhudo era o mais velho e o mais sábio coelho de toda a floresta.
As duas novas amigas partiram, então, em direção à toca do vovô. Quando elas chegaram, o vovô dormia profundamente. Nadine o sacudiu para todos os lados.
“Vovô! Vovô! O senhor tem que ajudar Lume a voltar para o céu”, disse Nadine.
Estupefato, esfregando os olhos – porque pensava estar sonhando – o vovô viu Lume.
“Mas… mas… é impossível!”, gritou o coelho. “Uma estrela! Uma estrela aqui na terra!”
A pequena Nadine contou ao seu avô sobre a queda de Lume e perguntou a ele como enviá-la novamente para o céu.
Vovô Coelhudo mexeu em sua barba, preocupado. Na verdade, ele não sabia o que fazer. Mas como dizer isto à estrelinha que tinha lágrimas nos olhos?
“É preciso consultar os meus livros”, disse o homem sábio, voltando para a sua toca.
Poucos minutos mais tarde, Nadine gritou: “Vovô! Vovô! Venha depressa! Lume está se apagando!”
O vovô Coelhudo saiu imediatamente para constatar que a bela luz prateada da estrela se enfraquecia.
“Bem! Espere-me, eu vou olhar na minha biblioteca o mais rápido possível”, ele disse com uma voz confiante.
Mais de uma hora se passou antes que o vovô retornasse.
Durante esse tempo, Lume ficou mais fraca.
Aproximando-se de Nadine, o vovô Coelhudo explicou tristemente que Lume morreria; ela não poderia viver longe das estrelas, dos seus e que não havia nenhuma maneira de enviá-la de volta para o céu.
À medida em que o velho coelho falava, a luz de Lume diminuía e Nadine se entristeceu tanto que ela começou a chorar.
Então, o vovô Coelhudo segurou Nadine em cima de Lume, para que suas lágrimas caíssem sobre a estrela.
De repente, a luz da estrela se avivou e Lume se elevou lentamente acima do chão.
“Ah! Eu me sinto bem melhor e eu vou voltar para casa”, disse ela com alegria.
Nadine aplaudia de felicidade, toda saltitante.
Depois, ela olhou para o seu avô que tinha um ar interrogativo.
O vovô Coelhudo explicou às duas pequenas que era preciso lágrimas puras e sinceras para permitir que Lume retornasse ao céu.
Ele sentia muito por ter feito Nadine acreditar que sua nova amiga fosse morrer, mas era necessária uma ‘verdadeira’ tristeza.
Nadine e Lume tiveram tempo de se despedir antes que a estrelinha voltasse ao céu.
Lume prometeu a Nadine que, todas as noites, ela iluminaria o seu quarto para que ela nunca sentisse medo.
E, desde então, Nadine olha para o céu e suas noites são tranquilas e sem nenhum medo.
Eu gostaria de saber o nome do autor. E também gostaria de poder ter acesso as páginas do livro.
São histórias como essa que apaixonam as crianças ante sua fantasia contagiante!
Olá, Maria das Graças! As crianças estão sedentas por boas histórias, que alimentem a sua imaginação! Obrigada pelo retorno. Bjos
Que linda história
Olá, Maria Cristina! Fico muito feliz que tenha gostado! Abraços
Linda, linda!
Obrigada, usarei com meus alunos e sei que irão adorar!
Olá, Emarilaine!
Espero que tenha tido ótimos momentos com a história e seus alunos. Bjos