Viva a primavera!
E, para celebrá-la, trago uma história muito bonita que fala sobre uma semente que se sentia muito pequena e insignificante. Ela olhava ao redor e desejava ser outras coisas…
Mas, o destino a fez crescer e se transformar em uma árvore exuberante e generosa, que oferecia seus galhos para os pássaros e seus frutos para as pessoas. E assim, o ciclo da vida se torna possível: cada semente carregando em si novas possibilidades.
Quando conheci essa história, reconheci no texto muitas características favoráveis que mostravam que esta narrativa era apropriada para crianças pequenas. E foi então que resolvi incrementá-la, criando gestos – o que atrai mais ainda a atenção das crianças pequenas e estimula nelas o impulso para a imitação do gestual.
Deixo o texto e o link do vídeo para que você veja os gestos que eu criei:
A Pequena Semente (Ananda Eluf)
Era uma vez uma pequena semente que caiu da mão de uma criança. A sementinha olhou ao redor e viu tantas coisas bonitas que começou a ficar triste por ser apenas uma semente muito pequena. Desejava ser como as cerejas penduradas acima dela ou como uma laranja doce e suculenta, e não só uma pequena semente.
Olhou para o céu e viu uma revoada de pássaros que voavam e brincavam, fazendo piruetas no ar e imaginou como seria bonito ser um pássaro, ter asas e VOAR!
Mas ela era apenas uma semente muito pequena.
Então, ela olhou para um lado e viu um belo cavalo. Quão cheio de vida ele é! ‘Eu também gostaria de ser assim, tão radiante!’, pensou ela.
Mas ela era apenas uma semente muito pequena. Estava cansada de ser uma pequena semente, uma semente tão pequena que ninguém conseguia vê-la.
Olhou para o outro lado e viu uma borboleta azul. Ela tinha tanta luz, asas leves com desenhos tão bonitos que pensou: ‘Eu também gostaria de ser uma borboleta, ou pelo menos ter asas especiais … assim, todo mundo me veria! Mas não é comum uma pequena semente ter asas…’
E ficou triste, cada vez mais triste, tão triste que começou a afundar pouco a pouco. E afundou na terra. Ela se sentia bem na terra quentinha.
Choveu.
E fez sol.
E de repente, um pequeno caule verde saiu da terra.
Mais chuva.
E mais sol.
E o caule começou a crescer! Ela ficou muito contente ao saber que uma pequena semente poderia se transformar em uma bela planta!
Mais chuva e mais sol.
Ela continuou crescendo e crescendo, até que um dia ela olhou para si mesma e viu que era uma linda árvore coberta de deliciosas cerejas.
Os pássaros voaram até ela e pousaram em seus galhos para cantar e fazer seus ninhos. As mais belas borboletas se aproximaram e dançaram ao redor de suas folhas.
Os animais dos campos e das florestas vieram dormir no frescor de sua sombra, mas ela ficou muito mais contente quando as crianças subiram em seus galhos para colher as cerejas e levá-las para casa para comer.
Uma criança pequena subiu na árvore. Pegou uma cereja e a comeu. E a pequena semente daquela cereja caiu de sua mão no chão …
Espero que goste e conte essa história com ares primaveris: só a narrativa ou inserindo os gestos!
Um forte abraço,
Ana Flávia Basso, do Educar com Histórias
Amei muito obrigada