Imagem: de Ida Rentoul Outhwaite (1888-1960), uma famosa ilustradora australiana de fadas

 

 

… as Fadas estiveram com a gente ao longo dessa Semana!

De 21 a 27 de abril, tivemos a Semana Especial Fadas, uma semana inteirinha com histórias sobre Fadas!

E hoje é o último dia dessa Semana que trouxe encantamento e magia com histórias de vários países: Hungria, Japão, Tibete, Estados Unidos, Alemanha, um conto budista e um conto contemporâneo. Foi uma variedade incrível: contos pequenos e simples, contos longos e complexos, histórias mais dramáticas, histórias mais leves e engraçadas.

Espero que, pelo menos uma narrativa tenha chegado ao seu coração (na verdade, espero que você tenha gostado de mais de uma…)

Hoje envio a última história: um conto que é delicado e, ao mesmo tempo, cheio de “aventuras” para os pequenos.

Ideal para crianças pequenas, a partir de três anos, pois essa narrativa encanta não só pela fada bondosa, mas pelos animais e as crianças que aparecem no enredo.

Essa é uma narrativa contemporânea, não sei quem é o autor. Encontrei-a em francês e a traduzi para a nossa língua, sonhando que as nossas crianças pudessem também se encantar com ela.

 

Agora, só nos resta aguardar a próxima Semana Especial, na qual atenderei um outro pedido… Mas ainda é surpresa!

Qual tema você gostaria de ver em uma Semana Especial?

Beijos com a leveza das fadas.

 

A pequena fada Rosaline

 

Era uma vez uma fadinha chamada Rosaline.

Ela era tão pequena como uma abelha, tinha duas asas transparentes e brilhantes e um vestido cor-de-rosa.

 

Na floresta, todos gostavam muito dela, pois ela não era apenas bela, mas também boa e gentil.

Rosaline tinha uma inimiga muito feroz, Aracnídea, uma aranha cruel que odiava todo mundo e que desejava devorar tudo aquilo que fosse menor do que ela.

Ela era o terror das moscas e de todos que voavam tranquilamente pela floresta. A fadinha tinha muito medo dela, pois a sua varinha mágica não podia fazer nada contra a Aracnídea.

 

Um dia, Rosaline tirava um cochilo na sua cama – o miolo de uma rosa selvagem que perfumava o ar da região. De repente, chegou uma abelha amarelada que chorava desesperadamente.

– “Onde está a Rosaline?” – ela perguntou à pequena rosa selvagem.

A flor abriu suas pétalas de rosa e ali, bem no meio, a abelha viu a fadinha.

– “Rosaline! Rosaline!” – gritou a abelha, abaixando-se em direção à fada adormecida.

– “O que você quer?”

– “Rosaline, tenha pena da minha irmã Mel-mel! Ela está como prisioneira dos fios da Aracnídea!”

Rosaline deu um pulo para fora de sua cama perfumada, ao mesmo tempo em que soltou um grito de terror.

– “Mas você sabe, querida abelhinha, que eu não posso nada contra a Aracnídea”.

– “Use sua varinha mágica!”

– “Minha varinha mágica não tem poder algum contra a aranha!”

– “O que fazer?” – perguntou a pobre abelha desesperada. “Mel-mel vai morrer”.

– “Vamos imediatamente onde ela está!” – gritou Rosaline.

 

Entrelaçadas, elas voaram em direção à teia da Aracnídea.

A casa da aranha era forte e bela, parecia ser feita de fios de prata que brilhavam ao sol. Mas, sobre os belos fios, havia uma cola que aprisionava tudo o que se aproximava.

E lá, bem no meio dos fios brilhantes, estava a pobre Mel-mel, que se debatia, gritando de terror.

 

Felizmente, Aracnídea estava ausente naquele momento, senão Mel-mel estaria definitivamente perdida, coberta pela bolsa de seda que a aranha usa para envolver as suas presas.
Rosaline e a abelha se aproximaram da teia prateada.

Mel-mel chorava:

– “Liberte-me, minha irmã!”

E quanto mais ela se mexia, mais as suas pequenas patas se prendiam no fio.

– “Não se aproxime, ou será prisioneira como Mel-mel” – gritou Rosaline para a abelha amarelada.

 

Mel-mel estava quase morta, deitada agora sobre os fios de prata.

Rosaline se aproximou lentamente, esticou sua varinha mágica, tocou a teia da aranha…

Mas a varinha mágica ficou presa, como Mel-mel.

A fadinha tentou libertar a sua preciosa varinha, mas ela perdeu o equilíbrio e caiu, ela também, no meio dos fios.

A abelha e Mel-mel começaram a gritar:

– “Socorro, socorro! Rosaline é prisioneira da Aracnídea!”

 

Todos os animais da floresta ouviram seus gritos, mas infelizmente, a Aracnídea também os ouviu!

Com suas patas peludas, ela começou a subir para a sua casa.

Quanto mais ela subia, mais ela ria, ria e ria…

– “Eu vou pegá-la, envolvê-la na bolsa de seda e… adeus Rosaline! Logo você que não queria que nenhum inseto caísse nas minhas teias! Agora, olhe só você! Há, há, há!”

 

Enquanto a Aracnídea corria o mais depressa que podia, João e Monique, duas boas crianças, chegaram diante da teia da aranha.

– “Olhe, João, há uma abelha prisioneira”.

– “E também…oh, Monique! Há também uma pequena fada da floresta! Vamos salvá-las!” – gritou João.

Dois pequenos dedos foram suficientes para libertar as presas.

Mel-mel se esqueceu de agradecer as crianças e voou com sua irmã.

Rosaline sorriu docemente e beijou os pequenos na bochecha.

– “Muito obrigada!” – ela disse, enquanto a malvada Aracnídea, chegando sem fôlego em sua teia, olhou furiosamente para os fios quebrados e a casa vazia.

 

 

Quer conhecer as outras histórias dessa Semana Especial Fadas?

A deslumbrante Rosa Dragonete – Conto Húngaro

O Presente do Pardal – Conto Japonês

O que a Bisavó contou – Conto Estadunidense

O Quadro de Pano – Conto Tibetano

Vovó Folhaverde – Conto alemão

A Fada e a Lebre – Conto Jataka

 

 

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